A estimativa preliminar do IBGE para a safra de 2026 projeta queda de 3,7% na produção nacional de grãos, totalizando 332,7 milhões de toneladas. Em Mato Grosso do Sul, o recuo previsto é maior, chegando a 12,2%, o mais elevado entre os Estados avaliados no levantamento inicial.
A área a ser colhida no país deverá crescer 1,1% em relação ao ano anterior, enquanto no Estado há previsão de redução de 1,1%. A variação climática esperada para o ciclo, marcada pelo fenômeno La Niña, deve gerar impactos nas lavouras e influenciar diretamente a produtividade.
Os dados mostram redução estimada em culturas como milho, com retração nacional de 9,3%, além de quedas em arroz, sorgo, algodão e trigo. A soja é o único grão entre os principais com expectativa de crescimento, estimado em 1,1%, mantendo-se como a maior cultura do país.
Em Mato Grosso do Sul, a projeção de queda está relacionada à menor produtividade prevista para as lavouras de milho segunda safra e para outras culturas afetadas pela instabilidade climática. A combinação de chuva irregular, mudanças na janela de plantio e riscos na fase de desenvolvimento das plantas compõe o cenário de baixa.
O levantamento indica que o ciclo de 2026 poderá exigir maior adaptação dos produtores, que deverão considerar alternativas de manejo agrícola e estratégias para reduzir impactos da estiagem e do excesso de precipitação em momentos críticos.
Embora preliminares, as projeções apontam para um ano de atenção reforçada no acompanhamento do setor produtivo, com necessidade de revisão constante conforme evoluírem clima, logística e custos operacionais.


























































