O registro de um caso confirmado de sarampo no Paraguai, em uma criança de cinco anos sem vacinação, provocou a intensificação de ações preventivas em Mato Grosso do Sul. Apesar da proximidade com a fronteira, o estado segue sem casos confirmados da doença em 2024 e 2025, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Atualmente, cinco casos suspeitos estão sob investigação. Todos seguem os protocolos de vigilância epidemiológica, com acompanhamento técnico e realização de exames laboratoriais.
Para alinhar as ações de contenção, a SES passou a participar de reuniões semanais com o Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde. A primeira reunião ocorreu em 5 de agosto, com representantes da equipe técnica da Gerência de Imunização do Estado.
De acordo com o gerente de Imunização, Frederico Moraes, as ações se concentram nas cidades de Corumbá e Ladário. Nessas localidades, a SES intensificou campanhas de vacinação, bloqueios vacinais, busca ativa de sintomáticos e ações educativas com apoio das secretarias municipais e do governo federal.
O Dia D de Vacinação, realizado em 26 de julho, aplicou 1.050 doses contra o sarampo em Corumbá — sendo 280 no próprio dia. Além disso, foram administradas vacinas contra outras doenças, como hepatite B e Influenza. Em Ladário, 70 pessoas foram vacinadas no Dia D, somando 116 doses ao longo do mês.
As ações de vigilância também foram reforçadas. Agentes comunitários de saúde realizam visitas domiciliares e revisão de prontuários em unidades de saúde e hospitais para identificar precocemente sintomas como febre, manchas vermelhas, coriza, tosse ou conjuntivite.
Os últimos casos registrados no estado ocorreram em 2020, com dez confirmações em Campo Grande. Em 2019, foram quatro casos, dois na capital e dois em Três Lagoas. A SES destaca que a vacinação com a tríplice viral está disponível gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde do estado.