O governo deu início à emissão do novo Cartão Nacional de Saúde com base no CPF, substituindo o número antigo do CNS. O anúncio foi feito em 16 de setembro de 2025 pelos ministérios da Saúde e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.
A principal meta é que o SUS utilize o CPF como identificador único do cidadão, permitindo a integração digital entre diferentes sistemas de saúde, como vacinas, medicamentos do Farmácia Popular, prontuários eletrônicos e registros de mortalidade.
Para isso, foi iniciada uma higienização da base de cadastros (CadSUS), suspendendo registros sem CPF ou com dados inconsistentes. Foram inativados 54 milhões de registros desde julho; o total projetado de cadastros a serem inativados chega a 111 milhões até abril de 2026.
Pessoas sem CPF continuam a ser atendidas normalmente. Está previsto cadastro temporário válido por um ano para casos em que o CPF não possa ser apresentado imediatamente, como em situações de urgência. Após normalização ou alta, será exigida a confirmação do CPF e prova de vida.
Populações sem CPF, como estrangeiros, indígenas e ribeirinhos, manterão identificação por meio do Cadastro Nacional de Saúde, nova nomenclatura para o CNS.
A integração dos sistemas exigirá ajustes nos softwares usados pelos estados e municípios, bem como compatibilidade dos sistemas de saúde locais com a Infraestrutura Nacional de Dados, coordenada pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.